segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

o tempo revela a verdade



máscaras ao alto que os espelhos há muito se estilhaçaram
quando te olhaste e viste que não és quem dizes
e que nunca serás quem pretendes
pois pretendes ser uma meia verdade
uma história boa e que faz rir
alguém diferente e original
e no entanto igual a tantos
é a ironia de quem sendo o que é
renega para ser outro alguém
e fica no meio
não é bom nem mau
é metade
de tudo
ou metade de nada
nunca uno
e o tempo passa
e o espelho mostra sempre
que quem tem muitas certezas
não tem certezas nenhumas
e que vales aquilo que queres tão desesperadamente ser...
metade





domingo, 30 de dezembro de 2012


"Que te posso dizer mais que não te tenha dito já
Se não compreendes o meu silêncio
de que te valem as minhas palavras"

Amigos para Sempre

Os amigos cada vez mais se vêem menos. Parece que era só quando éramos novos, trabalhávamos e bebíamos juntos que nos víamos as vezes que queríamos, sempre diariamente. E, no maior luxo de todos, há muito perdido: porque não tínhamos mais nada para fazer.
Nesta semana, tenho almoçado com amigos meus grandes, que, pela primeira vez nas nossas vidas, não vejo há muitos anos. Cada um começa a falar comigo como se não tivéssemos passado um único dia sem nos vermos.
Nada falha. Tudo dispara como se nos estivera – e está – na massa do sangue: a excitação de contar coisas e partilhar ninharias; as risotas por piadas de há muito repetidas; as promessas de esperanças que estão há que décadas por realizar.
Há grandes amigos que tenho a sorte de ter que insistem na importância da Presença com letra grande. Até agora nunca concordei, achando que a saudade faz pouco do tempo e que o coração é mais sensível à lembrança do que à repetição. Enganei-me. O melhor que os amigos e as amigas têm a fazer é verem-se cada vez que podem. É verdade que, mesmo tendo passado dez anos, sente-se o prazer inencontrável de reencontrar quem se pensava nunca mais encontrar. O tempo não passa pela amizade. Mas a amizade passa pelo tempo. É preciso segurá-la enquanto ela há. Somos amigos para sempre mas entre o dia de ficarmos amigos e o dia de morrermos vai uma distância tão grande como a vida.

Miguel Esteves Cardoso, in 'Jornal Público'


(copiado do FB da Angela)

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Promessas


Diz-me que ficas comigo toda a minha vida
Digo-te que farei tudo  para acordar todos os dias ao teu lado e se no final tudo somado ainda estivermos junto então terei ficado contigo toda a tua vida

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

sábado, 1 de dezembro de 2012

Obrigada

Obrigada a todos os meus amigos que nas ultimas semanas aparecem para almoçar, jantar, beber cafe ou simplesmente dar um abraço nem que seja virtual
Obrigada aos recém chegados que me mostram que existe mundo para conhecer, para desafiar
Que a seguir a um sorriso vem sempre outro e que por muito que nos doa a vida continua e existem outras pessoas importantes e que precisam de o saber
Estas semanas fiquei a saber que "sei tudo", que o mar é azul ao luar, que não sou a única e tantas coisas mais... A beleza dos momentos guardadas assim a cru sem maquinas que conservem apenas a memória a etiqueta-las e a arquiva-las para mais tarde reviver

Eu tenho um problema...

''Eu tenho um problema: acredito demasiado nas pessoas. Acredito no olhar, nas palavras, num abraço, numa ajuda inesperada; acredito que tudo pode ser possível, que as pessoas podem mudar para melhor, que merecem segundas oportunidades. Acredito que as pessoas sabem dar uma palavra e sabem estar lá quando precisas; acredito que as pessoas conseguem ser genuínas e reais... Acredito que apesar de tudo há pessoas e pessoas... Caramba não podemos viver num Mundo, com mais de 7 biliões, onde não há uns milhares que são exemplos... Acredito nas mensagens de ''Olá, tudo bem contigo? Tenho saudades, nunca mais disseste nada.'', não me digam que são todas falsas... Não me digam que as pessoas só têm saudades quando querem algo, não me digam que as pessoas só sabem mentir, não me digam que os abraços são falsos, não me digam que os beijos de bom dia são uma farsa, não me digam que tudo é uma mentira... Não me digam o que os olhos vêm e o coração não quer ver. Porque enquanto viver vou ter sempre na cabeça o pensamento que alguém, por aí, é diferente... Que alguém sorri genuinamente... que alguém se preocupa de verdade.''

Retirado do FB do Sweetest Cotton

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

...

Eu não quero promessas. Promessas criam expectativas e expectativas borram maquiagens e comprimem estômagos.
Fernanda Mello

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Esperando

Algures alguém espera por outro alguém
Algures alguém está parado com o olhar vazio e distante
Algures alguém recorda o que viveu com saudade
Algures alguém guarda a esperança do que ainda vem
o tempo a passar
e esse alguém continua à espera, parado
"espero por ti no nosso sítio"

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

colocar os pés no chão

de vez em volta
existem respostas que recebemos
frias e cruas
crueís
que nos fazem por os pés na terra
que assim que as ouvimos ou lemos
um arrepio percorre-nos
e ficamos com frio
e atordoados
e não percebemos porquê
sentimos que não merecíamos
sentimos que não faz sentido
quedamos estáticos
até que alguém nos venha salvar

quão bem conhecemos as pessoas?
é possível enganar-nos tanto assim
ou os sinais sempre lá estiveram
e nós toldados pela amizade ou amor sentido
fingimos que não víamos
acreditávamos que connosco nunca seria assim
que a prepotência
a estupidez e a fdp inerente
seriam sempre para os outros e não para nós

a história tem sempre tendência a repetir-se
e se já foi feito no passado com outros
será feito de certeza connosco

os sentimentos fortes andam sempre juntos
só odiamos o que amamos
só temos raiva do que queremos e não temos
só agredimos quem nos magoou
isso é tudo menos indiferença

por muito que digamos que não
por muito que sejamos os melhores e perfeitos
se somos humanos
somos assim
mais coisa menos coisa...




 

Nada volta

Não existem coisas que possam voltar
porque mesmo que voltem
o tempo e o espaço encarregam-se de as tornar diferentes
talvez melhores
talvez piores
nunca iguais...


Noite

Nesta noite fria e ventosa
contemplo as luzes de Lisboa
do lado de cá do rio
e lembro-me
e o vazio chega lentamente
agradeço aos amigos
que por estes dias
sabendo ou não
fazem os possíveis por ver o meu sorriso
mas apesar de tudo tento corresponder
dói
mas dói mais ouvir alguém dizer
que sente a falta do meu sorriso
dessa parte de mim sempre tão fácil
mas que meteu férias por agora...

@17/11

Para os meus amigos que juram a pés juntos ter uma vida perfeita...eu prefiro uma vida boa... é mais simples

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

a hug


Dor...

A dor é uma coisa muito esquisita; ficamos desamparados diante dela. É como uma janela que simplesmente se abre conforme seu próprio capricho. O aposento fica frio, e nada podemos fazer senão tremer. Mas abre-se menos cada vez, e menos ainda. E um dia nos espantamos porque ela se foi.
[Memórias de uma gueixa]

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

um dia gostaria de voltar contigo à Regaleira
de percorrer os túneis de mão dada
de me assustares de propósito
só para te mostrar que já não tenho medo do escuro
nem de espaços fechados
íamos rir das nossas formas disformes, fantasmagóricas 
projectadas na luz mínima que existe

iríamos parar na fonte para ver o sol 
reflectir na água as nossas imagens
tirar fotos de nós para nós
para colarmos no nosso caderno de vida
e terminávamos nos travesseiros 
para adoçar ainda mais a alma



Pela tarde caminhei

Pela tarde caminhei
sem rumo e sem destino
queria caminhar até anoitecer
perder-me de mim
e descobrir outra vida
outros lugares que me digam mais
mas os meus anjos vigilantes não deixaram
acham que estou frágil demais
e que se me perco agora
posso nunca voltar
tonterias...
são dramáticos demais
descubro a amizade nos lugares mais escondidos
nos abraços mais recentes de quem se preocupa de verdade
ainda tenho muito por dizer
por fazer
tenho a alma cheia de projectos
de desafios
de pessoas que acham que tudo isto ainda vau dar uma grande volta
os projectos abandonados voltam aos poucos
perdi as pessoas não as ideias
nem a paixão pelo que faço

@ 11/11

Encontrar-te

Se não te encontro na terra
vou até ao fundo do mar te procurar
e se nem aí estiveres
hei-de subir pelos ares
caminhar pelo fogo
só para ver o teu sorriso mais uma vez
ouvir essa tua gargalhada com o mundo lá dentro

@ 11/11

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Saramago

[...] afinal, há é que ter paciência, dar tempo ao tempo,
Já devíamos ter aprendido, e de uma vez para sempre, que o destino tem de fazer muitos rodeios para chegar a qualquer parte ...

Statements and 2nd chances

Se existia algo que segui em tempos foram statements
frases feitas, clichés fantasiosos
e depois aprendi que o único statement que podemos ter
é que não sabemos nem conhecemos o amanhã
e por tanto statements como
"ir, sobretudo em frente"  - mas quando se vai a algum lado vai-se para trás? O frente é uma linha recta sem curvas nem rotundas que permitam em caso de erro ou lapso voltar atrás?
O que se faz quando lá à frente à um muro ou um precipício? E se a meio do caminho não quisermos mais ainda dizemos que estamos a seguir em frente? é que assim é fácil
é colocar uns ténis confortáveis, baixar a cabeça e caminhar sempre sem pensar nem questionar muito para não termos que reconhecer que a frase "nunca volto atrás" pode apanharmos em cheio
" a mudança pode estar ao virar da esquina" - deve ser uma esquina escondida pois viro muitas esquinas nas minhas caminhadas e nunca dei por nenhuma mudança
As mudanças somos nós que as criamos quando queremos e se nos fizer bem
a história de mudar sempre é bom é errada
às vezes o melhor mesmo é voltar aquele sitio onde fomos felizes
onde ficámos bem
perceber o que fizemos mal e corrigir
e aí temos as 2nd chances (uma segunda oportunidade)
de mostrar que aprendemos com a história
e que não voltamos a repetir os erros
é que o nunca se voltar ao passado
só serve se não estiver lá nada que nos faça falta
se no que arrumámos não estiver aquele tempo, momento
que temos que voltar
aquilo que gostámos, que nos fez rir
gosto de reencontrar velhos amigos
de reviver antigos momentos
e criar novos c
isso é voltar atrás?
Mas o que me irrita é a hipocrisia de alguns seres que merecem todas as 2ºas oportunidades
que lhe foram e são dadas
mas que nunca dão
preferem errar
do que admitir que nem sempre
fazemos bem à primeira
mas que se é importante
faremos de certeza à segunda

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Do not cross





Nunca fui muito obediente
nunca segui por seguir
nunca aceitei à primeira os nãos
Os "agora não dá"
"agora não é o momento"
"não porque não"
assim soltos fazem-me rir
o momento somos nós que o criamos
o não pode virar sim sem deixarmos a "covardia"
de lado
só se vive uma vez
e mesmo assim desperdiçamos muito
desperdiçamos demais

Cansei de estar parada a olhar a linha
cansei de estar autista
se é para parar aqui
que seja com estrondo
que seja mostrando que
a vida é preciosa demais para dramas
tragédias e passados idiotas
Quem não aprende a seguir em frente e recuperar o que o faz feliz
Quem acha que nunca se muda de ideias ou se volta atrás
perde
pode pensar que não
pode achar que vai ganhar
mas perde no fim
é o velho dilema das pessoas únicas e insubstituíveis
do acessório e do essencial

Disposta a provar o meu valor
para mim e a mim
disposta a perder fobias


Se é para ser a sério que seja verdade pelo menos

Vemo-nos em Junho no Pico
Até lá vou ali aprender umas técnicas

Nos teus braços morreria

"Nunca se sabe o que é para sempre, sobretudo nas coisas do amor. E era uma coisa do amor, isto tudo. São tão estranhas as coisas do amor que não se compreendem por inteiro. Tem de se estar sempre a fazer suposições. Nunca se sabe como e até que ponto a até quando. Esta obsessão chega para impedir a vida, o amor pode impedir o amor, amaldiçoá-lo como um espectro.

Escrever pode ser uma óptima desculpa para quem na vida não tem qualquer esperança. É uma maneira de preencher uma sombra e há momentos em que um beijo escrito vale por muitos"
Pedro Paixão in Nos teus braços morreríamos

sábado, 3 de novembro de 2012

"O problema é que as palavras, as que são ditas e as que ficam por dizer, alteram as relações entre as pessoas e, por consequência, a historia do mundo." Inês Pedrosa in Dentro de ti ver o mar 
Olho o mar e relembro
A carta que nunca li porque nunca deixaste
A promessa que nunca soube porque nunca contaste
Mas que se cumpriu
Da pior maneira
A dor da ausência é a mesma
Dava o meu precioso tempo
Para ter outro final

Aii miuda a falta que me fazes
Sinto-me anormal neste mundo
Que segue regras sem questionar
E que critica quem tem uma opinião diferente
Tenho tentado escrever-te mas desisto sempre
Continuo a alimentar a ideia que foste viajar para um pais distante 
E que daqui a uns tempos estás de volta
Falar sobre ti e sobre a tua ...
Nem consigo escrever
As lágrimas continuam a aparecer durante a noite
Simplesmente deixo correr
Na esperança que voltes
Tanta coisa por dizer e fazer
Sei que sabias que te adorava
Mas mesmo isso não parece suficiente
Para ocupar o sempre
Nada dura para sempre
Excepto essa viagem
Que fizeste meu anjo 
Viagem essa em que vais sozinha e não te posso  acompanhar ou visitar 
Um dia destes escrevo-te
Quem diria que me protegias tanto
Como se eu fosse uma menina de cristal 
E no fim não consegui salvar-te 

O mundo é primeiro das pessoas de atitude. 
As pessoas de intenção vem depois.

Antonio Carlos Rodrigues

sexta-feira, 30 de março de 2012

o escuro da luz

Existem pessoas que nos querem mal mas que nada do que fazem nos afectam
Existem pessoas que nos querem bem e o mal que nos causam não tem como explicar ou descrever
Há pessoas que nunca mudam
Mesmo quando lhes sai da pele
Mesmo quando se lhes dá outra oportunidade
Vai ser sempre da mesma forma
A dor que causam será perdoável?
Como é que algo tão simples tão fácil pode correr sempre tão mal? 
Saberão essas pessoas o impacto que têm na vida dos outros? 
Mesmo quando se explica
O que pensarão essas pessoas?
O que as leva a agir assim?
Desconhecimento não é
O comportamento humano é previsível
Pelo que a história tende a repetir-se
E num momento no tempo
O paradigma passa a ser
Habituamos-nos nós ou desistimos 
E a decisão tem que ser para sempre
Sendo o sempre o espaço temporal que
Conduz á reinvenção
Que nos faz largar as peles usadas e gastas
E criar novas
E tudo porque existem expectativas
E compromissos
E sentidos
E toda essa panóplia de coisas complicadas que inventámos
Para descrever brilhos e esconder a nossa miséria
A de que somos seres difíceis
Agindo na escuridão 
Do nosso egocentrismo
Não suportamos verdades frontais
Talvez uma meia verdade
Uma verdadezinha suave com elogios à mistura
Para não magoar
E o curioso
é que fazemos isso com os outros
Mas também connosco
De mim para mim
Deixa-me ficar por aqui
Esconder parte
Esquecer o resto
A sociedade quer-se em tons pasteis
A humanidade quer-se leve e sorridente
O resto deixa debaixo do tapete
Ninguém vê ninguém sabe
E quem sente é tolo


@ 29/03

quarta-feira, 14 de março de 2012

E cheguei aos 34

E cheguei aos 34
Se os 33 foram de loucura e non stop
Os 34 tem de ser a sua continuação 
Consolidar escolhas
Abrir novas portas
Deixar para trás o peso das memórias
E ninguém pode fazer isso por nós
O dia de anos e sempre aquela surpresa 
Pessoas que perdemos o contacto mas que nos ligam com aquele carinho especial
Pessoas que mandam a mensagem certa no momento certo
E depois os outros
Os que não estão aqui a fazer nada
Apenas peso na bagagem
Esses é aproveitar e jogar fora
Enquanto existe tempo
Enquanto podemos avançar
Muitos não compreendem
O que me leva a nunca parar 
Parar é ceder
É reconhecer os nossos limites
As nossas fraquezas
É achar que podemos ficar por aqui
Que está bom assim
Contentar-nos com o que temos
É o bom o razoável
E isso é pouco para quem quer tudo
Para quem acredita que viver é conhecer
Aprender, sentir 
 
 
 

Dia 3

Depois de uma noite atribulada com febre e tosse
Fui à Clínica aqui do sítio
Pelo olhar do medico para mim 
Devo ter feito algo errado
Encostei á box por hoje 
Depois de aviar antibióticos, xaropes e outros que tais
Fico aqui quieta no La Cuna 
A esta hora  já passa um chill out magnifico
A serra por estes dias está cheia de militares espanhóis em treino
Mas por agora são a minha única companhia na esplanada
E começam bem o dia
Um cálice de Osborne para cada um
Café com leite é para meninas como eu
queria voltar ao livro
Mas dói-me muito a cabeça e não consigo concentrar-me
Vou tirando fotos

A lua ainda no horizonte

Esplanada do La Cuna



Dia 2

Percebendo ou não subo até á primeira pista
8h manha pela fresquinha
E correndo menos riscos de atropelar alguém
Primeira descida em slow motion
Com as quedas previstas de tal forma
Que dava para sentar suavemente
Tia que é tia não abdica da posse
Segunda descida
Excesso e confiança 
Armada em tia radical
Dei uma queda que deve ter sido
Espectacular e violenta em iguais partes
Não há imagens mas pelo número de pessoas
Que pararam a perguntar se estava tudo bem
Deve ter sido algo digno...
Diagnostico : luxação
Nada demais
Repouso resto do dia
E amanha as oito cá estarei novamente
À tarde espera-me um refugio
Que descobri ontem
Cadeiras cama com sol e um chill-out de fundo
Ontem Rodrigo Lacerda
hoje Milan Kundera
 
PS - para o ano Caraíbas... nunca menos

@ 13/03

Dia 1

Primeiro estranha-se a roupa apertada
As botas a restringirem os movimentos
Sensação claustrofóbica para mim
Depois a pergunta
Qual o pé que vai á frente?
Medo
Tenho de escolher um já?
Seguindo o grupo digo direito
Devia ter-me lembrado que sempre fui do contra
Nada parece natural com o pé direito preso
E as memórias do skate confirmam... 
Para mim é o pé esquerdo á frente
Olha deixa vamos lá prestar atenção
Nada do que me é natural é o correto
Começo bem a travar
É uma coisa natural em mim
Afinal sou maricas
Dizem-me que pareço uma tia na neve
Não ofendem pelo contrário
Mesmo fora do meu "ambiente" 
Mantenho a posse
Após as aulas fico por aqui
A garganta e a tosse começam a cobrar
Próximo objectivo : pistas
 
@ 12/03




Dia 0

Dormi durante o Alentejo
Mas Espanha foi sempre a conduzir
E os outros a dormirem
Gosto assim
Eu a música e a paisagem
Vou derivando os meus pensamentos
Arrumando a casa, registando memórias
E os kms servem de biombo entre a mente e a realidade
 
@ 11/03

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Para aqueles que esqueceram ou que nunca tiveram um caos interior que lhes permita criar estrelas

A million stars up in the sky
We watch them live, we watch them die
Now who can tell how this will be?
Now are we fools when we believe?
So listen