segunda-feira, 28 de junho de 2010

quando entro em loop e preciso de voltar a mim ...coloco em modo repeat

Tudo começou por um pensamento atirado para o ar

"até que ponto é que só dizemos aquilo que os outros querem ouvir e só ouvimos o que os outros querem?"

conheço bem a pessoa que pensou alto - o meu melhor amigo nos ultimos dez anos, a pessoa com quem cresci e vivi tantas e tantas coisas, ela sabe o que penso e o que sinto e eu sei o que pensa e o que sente

com a sua permissão coloco aqui uma parte do noss chat de hoje para servir de debate

gostava de saber a vossa opinião... ou certezas caso as tenham...

 

A:...

  pq cada conselho q damos
  é egoista
  somos juizes em causa propria a defender aquilo q é melhor para nós
...
  todos temos os nossos driver's
  e quando falamos temos q fazer um esforço para nao condicionarmos as nossas opinioes e conselhos
B: só n sei é se vais chegar a conclusões
 A: a meu ver impossivel concluir-se algo
B: pq penso q n vais chegar a nenhuma que já n tenhas
 A: mas o que gosto é o debate em si
  a troca de ideias e experiencias
 B: pois então dá-lhe
 A: e n ter que ter cerytezas
  as certezas hj valem o q valem
 e muitas têm validade temporal
 B: isso é uma grande verdade
...
B: acho que todos nós (numa dada altura) somos tudo aquilo que sempre criticámos
  daí o "nunca digas nunca"
 A: verdade
 B: porque a vida é experiência
  e quem não experimenta não vive
 A: o importante seria termos a capacidade de reconhecer isso
e mudar naquilo q gostariamos
 B: e o que motiva as pessoas é experimentar, porque experimentar é viver
e tu, já experimentaste muito?
  ou tás farta de coisas novas?
 A: ainda n experimentei tudo o q queria
 mas existem coisas que por ter vivido agora consigo dizer que prefiro isto oy aquilo
  e nem sempre as "coisas novas" são as q nos realizam
e sim isso aprende-se vivendo
  o q já me causa alguma apreensão é depois de experimentar e saber o q se gosta ou não mantermo-nos desconfortáveis, não reconhecer que não é aquele o caminho
e não voltar ao ponto de conforto
  aí voltamos ao ponto do cego
  a meu ver
 ...
 ninguem sabe o amanha e certezas poucos têm ... só os idiotas
B: pois, mas são os idiotas e os tolos e os loucos que são felizes
  e que inventam e que são génios
 A: a meu ver não
  os loucos também sofrem
 porque vêm o mundo para serem felizes mas depois a sociedade reprime-lhes essa felicidade
  só mesmo os idiotas e os tontos são felizes
 B: ok
 A: pq só querem o que têm e não querem saber do que existe lá fora
  para eles não existe lá fora
 B: não existem muitas musicas a dizer louco por amor?
 A: e isso sim é o seu grande triunfo
sim
 B: esses são felizes ou tristes'
  ?
 A: sim
  felizes quando têm o seu amor
  infelizes quando o perdem
  seja quem, onde ou o que seja esse amor
  vivem de extremos
  são felizes ou tristes
  não têm meio termo






Digam de vossa justiça ... somos juízes em causa própria ou espirítos livres? quando aconselhamos como amigos até que ponto não estamos condicionados pelos nossos driver's?
A nossa verdade é a verdade? ou uma parte dela? E felizes são os idiotas?



Hoje estou assim com espiríto inquisitivo de descoberta de conversas a discorrer no tempo
Saudades de fazer isso

terça-feira, 22 de junho de 2010

ideias que nos surgem

Esta manhã ao pentear-me olhei no espelho
e pensei
"se sabemos o que fomos, e pensamos que sabemos o que seremos, então o que somos agora?"
esta manhã numa das nossas conversas diárias em chat
coloquei a questão ao johnny que me respondeu
"sonhadores perdidos num mundo de cão", e acrescentou "à espera da luz ao fundo do tunel...que são as nossas vidas"
sonhadores seremos que o mundo é de cão também mas devemos esperar pela luz ao fundo do túnel ao devemos caminhar em direcção a ela...levar a vida em vez de sermos levados por ela?
fica a pergunta pois certezas não tenho para vos dar

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Admiração

Em "Portugal Hoje - O medo de existir"
o autor diz que não existe a admiração em Portugal
não se elogia o outro
por baixa auto-estima interior e inveja exterior
segundo ele os portugueses não compreendem
nem usam o real conceito de admiração
A exposição causou-me estranheza
porque eu admiro algumas pessoas
poucas mas admiro
chegando em algumas alturas da vida a idolatrá-las
depois lembrei-me que provavelmente
nunca lhes disse o quanto as admirava
sei que ocasinalmente comento com terceiros
a admiração que uma dessas pessoas me causa
mas não tenho memória de lhes ter dito pessoalmente
o que penso e o que sinto delas
e sendo assim não serei muito diferente
do povo a que pertenço
porque admiro mas raramente o admito
e se me perguntarem porquê?
não saberei responder-vos
mas sei que é assim
tenho mudado algumas coisas
nestes últimos tempos
e já vou dizendo às pessoas
que as admiro
mas agora surge o efeito adverso
a reacção de surpresa e de descrença no rosto
perante uma atitude rara e que causa desconcerto
por isso por ser rara

quarta-feira, 16 de junho de 2010

A cantarolar por estes dias




Uma menina muito querida colocou no facebook poupando-me o trabalho de ir pesquisar :)
Não é pelo Mundial mas pelo ritmo... uma paixão antiga as músicas do David

De que é que se tem medo?

""Aonde vais este fim-de-semana?" 
"Fico por aí"
"Por aqui", "por aí" designam lugares indeterminados, trajectos aleatórios, sem direcção nem fronteiras, mas bem precisos para os portugueses. Curiosamente, o "por aí" refere-se a um pequeno território de deambulação (física e mental), ao mesmo invisivelmente enclausurado e internamente livre.
...

A ausência de fronteiras confere ao deambular um carácter aventuroso, mas sem risco. O mapa mental correspondente aos trajectos a efectuar possui uma textura plástica, móbil. 
...

O medo herda-se. Porque interiorizado, mais inconsciente do que consciente, acaba por fazer parte do "carácter dos portugueses" (ditos, "tristes, taciturnos, acabrunhados"),... que passa de pais para filhos, de geração para geração.
Hoje, trinta anos depois do fim do regime do medo, convivemos ainda com ele. A sociedade portuguesa, os portugueses não perderam o medo, ainda que (ou talvez por isso) as novas gerações pouco saibam do passado salazarista.
...

O medo é uma estratégia para nada inscrever. Constitui-se, antes de mais, como medo de inscrever, quer dizer de existir, de afrontar as forças do mundo desencadeando as suas próprias forças de vida. Medo de agir, de tomar decisões diferentes da norma vigente, medo de amar, de criar, de viver. Medo de arriscar. A prudência é a lei do bom senso português."

in Portugal, Hoje O Medo de Existir de José Gil

Escrito em 2004, comecei a lê-lo este fim-de-semana e continua actual... é tão fácil identificar os maneirismos portugueses
claramente um livro imprescindível para quem precisa de perceber o porquê de muitas coisas

segunda-feira, 14 de junho de 2010

“If you don't know where you are going, any road will get you there. ”

Marchas de Lisboa

Gosto de tradições
gosto de usos e costumes
e não posso deixar de achar decepcionante o ínicio das marchas de lisboa
com a apresentação do Carnaval de Baranquilla
Primeiro porque para mim Marchas não são Carnaval
São uma tradição que remonta a 1932 (no seu figurino actual)

Por meados do século XVIII,  os franceses durante o período napoleónico, iniciaram  a moda de dançar as marchas militares,  realizavam em Junho para celebrar a tomada da Bastilha a que chamavam “marche aux falambeaux ” em que o povo desfilava com uns archotes acesos na mão.
Este costume foi adoptado pelos portugueses que lhes passaram a chamar “Marcha ao flambó" (portanto adaptação do termo francês), só que nós os portugueses substituímos os «archotes revolucionários dos franceses» por "balões de papel" e "fogo de artificio", que  tinham sido costumes trazidos da China no século XVII, e que jà eram usados nos arraiais e feiras por todo o País, e assim  as antigas danças e cantares de "Maio à Virgem Maria"  que  entretanto tinham sido proibidas foram transpostas para o mês de Junho, passando a celebrar-se as festas dos «Santos Populares»,  “Santo António, São João e São  Pedro “.
Lisboa veste-se de cravos rubros que são esplendor em Junho festivo, de vasos com manjericos nas janelas, sendo costume colocar na copa do manjerico, um cravo encarnado com uma bandeirinha hasteada com uma quadra popular escrita. (retirado de http://lisboanoguiness.blogs.sapo.pt/33309.html)
 
E a tradição não é carnaval
A tradição também diz que a primeira marcha é a da Voz do Operário
Onde as crianças invadem a avenida com a sua alegria e doçura

Gostei de ver a Marcha de São João das Lampas
e concordo que se traga outras marchas convidadas para desfilar
penso que enriquece o espectáculo
mas não agrupamentos carnavalescos
com apresentações secas, perdidas, barulhentas e nada mais

sou a favor da globalização
mas existem tradições nossas 
que se deveriam simplesmente manter


Um recanto mágico para conversas de fim de tarde com alguém próximo

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Vão andando que eu vou lá ter

Já aqui o disse que nos dias que correm
a nossa vida é uma sucessão de videoclips
e é verdade
a mim acontece-me imenso associar uma música, um tom
a situações diárias que ocorrem
Quando me dizem vem, vamos agora
mas logo a seguir .. bem afinal vou uns dias para fora
fica para depois
e depois dizem-me se vieres vamos festejar
e logo a seguir... ah mas afinal tenho um jantar
ou só se fica bem se vieres e ficares
mas a agenda já está cheia e não pode ser alterada
eu limito-me a ligar um rádio interior
e a colocar Deolinda como som de fundo
Quando finalmente tiverem certezas
E resolverem que querem mesmo que vá
e que têm tempo e espaço para mim, digam
Até lá


A racionalidade das emoções

"Não sejas assim tão emocional", dizem-me
"Sê mais normal" e eu penso 
mau, mas sou anormal?
Sempre gostei de ser diferente
e se isso é ser anormal então tudo bem
"Não sejas emotiva" "Tens que ser mais racional, mais fria"
e eu penso ok, é verdade às vezes sofro de antemão
e por coisas ínfimas
mas quando me torno racional e ponho de lado as emoções
falo de factos e aí
"Lá estás tu a ser emocional"
mau, mas factos são factos
são realidades com tempo, hora e lugar definidos
que aconteceram ou que com 90% de certeza vão acontecer
e penso bem de factos também não posso falar e então calo-me
mas aí temos "Lá estás tu com o teu mau feitio"
e aí eu rio-me... só me posso rir 
no íntimo lembro-me de qualquer filme non-sense
em que o protagonista nunca acerta na mão
está sempre errado
e concluo
vou continuar a ser emocional
no matter what
por isso mais vale não me preocupar muito
porque sou assim
porque sempre fui assim
mudei em algumas coisas, cresci
mas é sempre mais fácil para os outros não verem isso
manterem o seu manto de conforto e certezas
do que terem que começar a questionar-se...
O que raio é a racionalidade das emoções??
Expliquem-me... mas como se eu fosse muito pequenina

terça-feira, 1 de junho de 2010

O outro blogue

Têm sido vários os pedidos
de partilha de textos antigos
que estavam no outro blog
que sendo de âmbito restrito
era partilhado apenas com os eleitos
Contudo, e reconhecendo que alguns
desses textos merecem ser mostrados
até como forma de partilha
comprometo-me a periodicamente partilhar convosco
alguns textos do pérolas

De repente o mundo quer mudar

"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos."

Fernando Pessoa


E de repente o mundo quer mudar
Nos blogs, no facebook são dezenas os amigos que têm colocado esta frase esta semana...a necessidade de mudar de pele, de se re-inventar
O sol cria nas pessoas as forças que o Inverno apaga
O calor que reduz a roupa traz-nos mais expostos
E  de repente queremos seguir, andar em frente sem olhar para trás
Tipo o videoclip abaixo

Tempos houve em que a nossa vida dava a um filme
hoje acredito que as nossas vidas dão videoclipes consoante o tempo
e o momento

Tempo

Time is free, but it's priceless. You can't

own it, but you can use it. You can't keep

it, but you can spend it. Once you've lost it

you can never get it back.
 
Harvey Mackay


A precisar de mais tempo... muito mais tempo
para tudo o que quero fazer
quero conhecer