Tanto que dizer e ninguém a quem dizê-lo

Um bocadinho de Verão para animar este final de ano cinzento

Um ano que valeu pelas pessoas que conheci
pelo que aprendi e pelo crescimento "forçado"
mas se tiver que pedir/tomar uma resolução
que seja a de voltar a mim
a ser leve, divertida e a aproveitar a vida em cada instante
ando a perder tempo à demasiado tempo

Quando crescemos

Crescer doí
porque vamos perdendo a capacidade de fantasiar
de ver sempre o copo meio cheio
porque o tempo vai passando
e os nossos sonhos
os nossos objectivos vão ficando pelo caminho
em nome de valores maiores que se sobrepoem sempre
Crescer implica ver as pessoas como elas são
perceber que somos egoístas por natureza
e temos horror ao vazio
fica-se por conformidade
por habituação
por todos os motivos errados
porque os motivos certos
levariam-nos a estar
e não a ficar

Quando começamos a protestar
a reclamar aquilo que achamos certo
a mostrar que viver não é apenas estar vivo
e ser feliz é uma filosofia de vida
e não um dado adquirido

Todos somos as estrelas que conduzem as nossas vidas
convém não nos perdermos de nós
para não esquecermos onde vamos e de onde vimos




Para todos aqueles que tenho falado nas últimas semanas e que enfrentam um mesmo dilema fica a mensagem

Porque nem sempre acontece o que queremos... ou como queremos

Nothing goes as planned
Everything will break
People say goodbye
In their own special way
All that you can rely on
And all that you could fake
Will leave you in the morning
Come find you in the day
Oh, you’re in my veins, and I cannot get you out
Oh, you’re all I taste, at night inside of my mouth
Oh, you run away, cause I am not what you found
Oh, you’re in my veins, and I cannot get you out
Everything will changed
Nothing stays the same
Nobody is perfect
Oh, but everyone is to blame
All that you rely on
And all that you can save
Will leave you in the morning
Will find you in the day
Oh, you’re in my veins, and I cannot get you out
Oh, you’re all I taste, at night inside of my mouth
Oh, you run away, cause I am not what you found
Oh, you’re in my veins, and I cannot get you out
No I cannot get you out
No I cannot get you out
Oh no, I cannot get you out
No I cannot get you out
Everything is dark
It’s more than you could take
But you catch a glimpse of sunlight
Shining
Shining down on your face
Your face
On your face

Sometimes

 
(roubada ao face do Pampa)

Sempre à procura...

Pessoas que adoro

Já aqui falei da forma como adoro certas pessoas
hoje este post é dedicado ao  Luís
super bem disposto, sempre com um sorriso na cara
adoro conversar com ele
independente da maneira como entro
cansada, farta, desesperada
saio de lá sempre nas nuvens
sabe sempre as ultimas cusquices
falamos de tudo e de nada
rimo-nos
desabafamos
temos os mesmos ideais  
ou não tivéssemos nascidos no mesmo dia
apenas com dois anos de diferença
é óptimo falar com alguém com quem nos identificamos
que percebe o que estamos a dizer 
mesmo antes de acabarmos as frases
o Luís está prestes a ser pai pela 2ª x
e anda nas nuvens
e só uma pessoa assim com essa alegria
com esse orgulho raçudo de viver
é que me fazia cometer uma loucura
aceitar mais um desafio
mas eu adoro viver assim 
um dia de cada vez
ao segundo

O Luís é o meu cabeleireiro
e só ele é que por estes dias me tornava loira

Por baixo das luzes e do brilho

Se soubessem a verdade
se parassem para pensar um pouco
percebiam que por baixo das luzes e do brilho
do glamour e do elan
sombras negras se escondem
dúvidas, raiva, acção-reacção,
dá-me vontade de rir
aqueles seres que me tentam copiar em tudo
ter tudo aquilo que tenho
as mesmas roupas, os mesmos adereços
a mesma vida
e eu a querer sair
a querer mudar
a querer deitar tudo fora
e começar de novo
Irónico no mínimo

Existem músicas

que são autênticos triggers

que nos acordam, que nos despertam para a vida

ficamos criativos, faladores, sonhadores e felizes

no meu caso e por estes tempos é esta

Relações tipo clã

Pois é nós somos mesmo assim

Quando gostamos, gostamos mais que tudo e para sempre

Os piscianos têm destas coisas

não conseguimos evitar

quando conhecemos alguém

e gostamos desse alguém

essa pessoa deixa de ter virtudes e defeitos

passa a ser a pessoa de quem gostamos

a melhor pessoa do mundo

a maior

e ai de quem ousar dizer mal, fazer mal

Sabemos que essa pessoa tem defeitos

mas gostamos dela como ela é

como um todo

E gostamos para sempre

Um Peixes raramente deixa de gostar de alguém

Para ele é de sempre e para sempre

mas é radical

Podemos adorar, amar essa pessoa

e um dia quando percebemos

que essa pessoa não gosta de nós

e nos quer mal

a pessoa morre ali

não existe equilíbrio

nem meias verdades

ou gostamos ou não

quando não gostamos a pessoa deixa de existir

não tem mais importância

passamos por ela como por qualquer outra

e para mim é doloroso

perceber que a pessoa por quem daria a "vida"

não quer saber, não gosta de mim

e passa o tempo a sacanear-me

Para nós Peixes é tudo muito simples

ou amamos ou não existem. (Ponto)

Não conseguimos perceber

porque as pessoas

que falam mal de nós que têm péssima opinião de nós

fazem escandalo quando simplesmente deixamos de nos dar com elas

e o mundo seria tão mais simples

e fácil se todos utilizassem este princípio

para quê tanta hipocrisia

tanta mesquinhez quando basta passar ao largo

Nós somos assim gostamos de ser assim

gostamos de ser nós

e gostavamos que as pessoas

nos aceitassem como somos

tal como aceitamos os outros

Simples, claro, transparente

é pena é os outros não crescerem

não perceberem que a felicidade deles passa por serem mais

honestos consigo próprios

mais reais

mais pessoas

Para aqueles com quem me deixei de dar ao longo destes anos

fica agora o esclarecimento

(se é que era necessário, para mim era óbvio)

não preciso de amigos que não me aceitam como sou

o meu tempo é escasso

e quero utilizá-lo

com as pessoas que realmente o merecem

a todos os outros sejam felizes 

e ....

até sempre

@20/10

Os cães ladram

mas a caravana passa

dizia-me hoje o João Carlos

sobre mais um flop do negócio

que nunca é responsável por nada

e eu ri-me

é verdade

os cães ladram

a caravana passa

mas os cães continuam a ladrar

e ladram

muitas vezes estão já a ladrar ao vazio

mas não param

muitas vezes já nem vêem a caravana no horizonte

mas continuam convictos que estão certos

Qualquer dia distraem-se e uma caravana seguinte

passa-lhes por cima

Chocados com esta visão?

Não acredito

muitos de nós já terão pensado algumas vezes nisso

que algo ou alguém consiga calar 

os cães que só ladram e não fazem mais nada

não servem para mais nada

não sabem fazer mais nada

@20/10

Cirque du Soleil

Porque gostamos tanto do Cirque do Soleil

Não é só pela arte em si

pelos artistas magníficos

é sobretudo pela capacidade de nos transportar

para um universo paralelo

onde só existe beleza

Luz, cor, som enchem os sentidos

completam-nos

mesmo os "maus" são belos

enternece-nos

durante o tempo que dura

somos reis, rainhas, princesas

somos anjos e dragões

voamos, dançamos, mas acima de tudo sonhamos

e sonhar é das melhores capacidades que temos

conseguir sonhar sempre é uma capacidade

cada vez mais rara nos dias que correm

e por isso os espectáculos do Cirque du Soleil

são tão concorridos

pela capacidade que têm 

de fazerem os presentes sonharem

por enquanto continuo a manter essa capacidade

consigo sonhar muito frequentemente

e isso já é muito bom

mas também não resisto

e amanhã vou ao Cirque

@ 20/10

Reuniões Chatas

Honestamente, existem reuniões chatas

sem conteúdo e sem a real necessidade de existirem

mas existem e temos que passar por elas 

como se o tempo não fosse precioso

e o pudessemos desperdiçar assim

Devíamos cobrar a todos aqueles

que nos desperdiçam um bem tão precioso

como o tempo

@20/10

Dissertações de um domingo à noite

Uma dissertação séria


Cada vez me convenço mais que aqueles que dão são aqueles que menos têm 
Salvo raras excepções as pessoas que vemos ajudar os outros são aqueles que pouco têm
mas sabendo que têm um pouco mais sentem que é seu dever ajudar o próximo
e isso é muito bonito de se ver
são pequenos instantes que me fazem ficar orgulhosa num povo que se perdeu e ainda não percebeu 
que é preciso passar pelo caos para se construir algo de novo e de bom




Uma dissertação menos séria... ou não


Daquilo que tenho visto (não muito) e ouvido
penso que devem manter o Renato até ao fim na casa dos segredos (TVI)
Porquê?
Realmente não faz muito
mas é fundamental o seu know how para conter os ânimos daquela gente
cada vez mais exaltados
e aturar bêbados


 boa semana

Didn't I

regresso às origens

já aqui vos tinha falado num grupo maravilhoso
que tinha assistido no Avante
sem ter percebido quem eram
mas quem procura sempre encontra
simplesmente maravilhoso

a minha mais nova paixão

Shine

Nobody knows this feeling inside of me
I want to share it with you
Everyone knows the way that life should be
Let us give together

(Bridge)
I'm trying to show you that we can feel the same
You and me
Let this love through you and open the way to your heart
And you will see

(Chorus)
Shine on me and all our ways
Thinking of the days
I can feel my faith is growing
Shine on me and all our ways
With feelings that'll stay
Love's the only thing worth knowing

Everyone knows how easy life could be
If we loved each other
Everyone needs to feel some love inside
Let it shine forever 

(copiado do facebook da Sandra)

Noutra vida

Há uns tempos alguém colocou no facebook esta música
que me fez voltar ao passado, a outra vida

Projectos

O João o meu mentor e líder espiritual neste projecto enviou-me esta mensagem
só para eu me lembrar de que às vezes fica complicado comunicar

Meias de Leite e Cappuccinos

Com a minha doença

veio a proibição de consumir leite e todos os seus derivados

E se no Verão poucas vezes me ressenti

Com a chegado do Outono e do Inverno

começo a pensar no que vou fazer

eu adoro meias de leite

eu amo um bom cappuccino

como vou viver sem os dois??

Anseio chegar a um café e pedir uma meia de leite de soja

imagino a cara dos empregados a olharem para mim

seria hilariante

mas gostava que numa época em que cada vez mais

alguns de nós estão "restringidos" no seu gosto

os cafés, pastelarias e demais estabelecimentos similares

dessem um passo em frente e inovassem

oferecendo soluções para todos

Não desisto

Um dia ainda vou beber um cappuccino de soja

no Mirandouro da Graça 

@ 11/09

Caminhamos lado a lado silenciosos

A tarde ventosa faz com que os cabelos andem revoltos

respiramos fundo

sorrimos calados

porque nada há a dizer

porque já se disse tudo

no horizonte o sol começa a dizer adeus

e continuamos a caminhar

olhamos para trás

revendo as marcas que deixámos na areia

amanhã já cá não estão

apagadas pelo mar

Avante

Ainda não tinha colocado aqui o meu Post sobre o Avante escrito a 7/09

Segue abaixo

_______________________________________________________________

Este ano o Avante estava simplesmente "esgotado"

Nunca tina visto a festa tão populada e de acordo com conversas

que tenho tido a percepção é geral

o facto de ser o último festival de Verão ajuda

o facto de outros festivais serem demasiado "expensive" também

e por isso este ano as famílias reuniram-se literalmente

desde o octagenário ao "newborn"

e era vê-los a passearem-se felizes e sorridentes

Reverso : constatámos infelizmente que cada vez mais as pessoas têm menos educação e civismo

caminham pela festa como caminham pela vida

indiferentes ao próximo

Concertos: Deolinda 5*

Baile Popular .. gostei deste novo projecto do João Gil

XXXXX .... infelizmente não retive o nome e o facto do programa ser pago e não divulgado (lamento dizer algo muito semelhante a políticas menos comunistas) não me permitiram guardar referência futura

mas amei o espectáculo que ocorreu nos pavilhões de LX

Pedro Abrunhosa ... igual a ele próprio ...gosto de algumas canções e assumo mas assumir a festa como o único festival de música portuguesa e depois transformá-la em manifesto político é tonteria

principalmente porque ao acusar Rui Rio e seus comparsas de mesquinhez e miopia política

pela recusa de colocar o nome de Saramago numa rua e a seguir criticar Sá Carneiro por ser nome de um aeroporto no mínimo revela a mesma mesquinhez e miopia (daí os óculos??)

Não sei se a homenagem a Sá Carneiro é merecida ou não assim como a homenagem a Saramago

o que me custa é que se elevem uns a bestas e outros a bestiais consoante a cor política

e não a pessoa em si

Sou de direita, quem me conhece sabe isso

e no entanto gosto de ir à festa

de aprender coisas novas no pavilhão de exposições

de visitar a parte internacional

e sinto que devo respeitar o espiríto da festa e a festa em si

mas fico chateada sim fico

A matter of taste

Um amigo sabendo que adoro coisas únicas e invulgares
enviou-me algumas imagens espectaculares que partilho convosco

http://trendland.net/2010/05/12/a-matter-of-taste-by-fulvio-bonavia/

Já somos alguns a pensar igual

Vi este anúncio na National Geographic e adorei porque me identifico 100% com ele 

Seria bom que se tornasse uma forma de vida 

Já é a minha ...

Post III @ 7/09

Acreditem ou não estou a aproveitar os 20m do barco

para colocar a escrita em dia

(tenho papeis para rever para as reuniões de amanhã, mas simplesmente não me apetece)

Gostaria de partilhar convosco uma série que pelo que percebi já dá há algum tempo na SIC

mas que só descobri estas férias num zapping televisivo

Achei um mimo

Na verdade e até agora todos os episódios que tenho conseguido assistir

têm momentos que são verdadeiras pérolas

A série é "Aqui não há quem viva" e existem personagens que são simplesmente perfeitas na caracterização

de alguns estereótipos da sociedade

de um non-sense puro e que para mim é impossível não soltar umas gargalhadas

Gosto e recomendo que assistam a pelo menos um episódio

fico à espera da vossa opinião

tempos livres

Ainda tenho alguns tempos livres

Se bem que neste momento os almoços e jantares

já não contam porque ou tenho reunião ou tenho reunião

Mas 6ªf (dia 3), consegui dar um pulino a Palmela

para uns petiscos e um moscatel 

e sábado Festa do Avante

como manda a tradição

O pior é que o corpo paga e bem

esta falta de descanso e esta semana (sendo hoje 3ªf)

estou com feeling de 5ªf

mas vocês sabem que não me queixo

Há que viver

Há que aproveitar o que pode enquanto se pode

Até ao fim da semana mais dois eventos a que não vou faltar

porque dói, mói mas não mata

e sou feliz assim

@ 7/09

@7/09

Olá

Desculpem a a ausência mas o tempo não abunda

Tenho tanto para partilhar convosco

mas felizmente ou infelizmente este projecto divino

é também monopolista e o maior consumidor do meu tempo

First thing first

"A primeira aldeia global" de Martin Page

Recomendado à algum tempo pelo Luís

alguém em que eu confio neste tipo de recomendações

e que até hoje acertou sempre

Só agora consegui lê-lo aproveitando a viagem a Dusseldorf

Simplesmente um dos melhores livros que li até hoje

Compreendo melhor a história deste país

e sinto um orgulho indisfarçável desde que li o livro

Penso mesmo que deveria ser de leitura obrigatória

no ensino secundário

Acredito que os alunos aprenderiam muito mais e com mais interesse

O livro é tão mais notável ainda por ter sido escrito poe um inglês

que viveu alguns anos entre nós

Se só puderem ler mais um livro este ano então que seja este

depois digam-me o que acharam

Livros I

Nestas férias já tive gostos e desgostos

Desgostos- Pânico de Jeff Abbot - tinha adorado "Medo" mas este para mim fica muito aquém e considerei-o uma seca

Neutros - Enquanto Salazar Dormia de Domingos Amaral - começou lento e demasiado arrastado mas melhorou ao longo a história...vale sobretudo pela descrição da Lisboa antiga dos espiões e do glamour em tempo de guerra

Gostos  - Adorei o livro da Helena Sacadura Cabral "Coisas que sei...ou julgo saber"  - não conhecia nem os blogs nem a sua história/percurso e fiquei fã

Claramente um exemplo a seguir neste pântano em que o país se tornou e onde a maioria fica simplesmente à espera não se sabe bem do quê ou de quem; como se esperassem  que alguém decidisse por eles, vivesse por eles, se sacrificasse por eles, trabalhasse por eles...enfim à espera

Um dia partilho algumas frases que me tocaram...

O regresso do Pérolas

A pedido de vários amigos

que criaram o hábito de revisitar os textos do Pérolas

brevemente voltarei a colocá-lo online

Promessa

Não sou pessoa de fazer promessas

quem muito promete pouco cumpre

mas realmente nunca mais tiro férias em Agosto

não neste país

embora adore observar o quotidiano dos portugueses

e ache um mimo frases como " és a minha  top model de trazer por casa" (portuga agarrrado a sua esposa e a olhar para as belas espanholas)

prefiro mais sossego e menos "tiradas espirituais"

Circus

Já no Pérolas por diversas vezes tinha comentado

a obsessão de algumas pessoas pela vida dos outros

e até pela minha que embora igual a tantas outras

é motivo de conversa nos cafés e esplanadas deste país

E fale ou cale as pessoas arranjam sempre tema

é por isso que embora em retiro e sem ninguem saber de mim

mesmo assim se tente saber, adivinhar ou inventar

o que na verdade ninguém sabe

Há uns tempos o Álvaro dizia-me que é por eu ser "enabler"

"make things happen"

e que hoje em dia isso é imperdoável

porque ninguém se quer mexer

ninguém quer mudar nada

simplesmente querem estar

A diferença é intolerável para esta sociedade

sempre foi mas agora mais que nunca

não se perdoa quem diz o que pensa

e quem vive ao segundo

por isso existem dias que a minha vida é um circo

uns porque querem outros simplesmente porque sentem

passa-se uma vida à espera

fala-se demais sente-se de menos

são mais fáceis os estranhos que os íntimos

é mais fácil perder que arriscar

arranja-se culpas e desculpas

mas no fim

seria tudo tão simples se em vez de se publicar

simplesmente se lutasse por aquilo que se diz que se acredita

Enviesamentos

Estar de férias permite-me estar mais atenta

recuperar os meus hábitos de leitura profunda e não apenas dos cabeçalhos

e talvez seja predisposição para mas ao ler a entrevista da Joana Amaral ao i não posso deixar de sorrir com a última resposta...talvez porque conheça bem a sensação e no entanto cada vez mais sinto as mentalidades a mudarem...graças a deus

"...Mas há enviesamentos de género. Quando são os homens a dar uns murros na mesa e a falar com voz grossa aas pessoas valorizam e acham que se trata de uma pessoa com genica e perseverante. Se é uma mulher já é agressiva. A ideia da mulher submissa, de voz mais doce, que baixa a garimpa quando vê um dedo em riste não condiz comigo."

Os irmãos não se falam

No I deste sábado Inês Pereira (especialista em crianças) fala sobre a temática de em criança os irmãos não se falarem e às vezes nem olharem uns para os outros dias a fio.

Conclui que os irmãos não se falam, sentem-se...

Teoricamente quanto mais velhos formos mais nos daríamos...algo semelhante à amizade

O facto é que eu e os meus irmãos passamos semanas ou mesmo meses sem falarmos mas adoro-os muito

não saberia viver sem eles

e o bom é aquela cumplicidade que não se perde pelo contrário com o passar dos anos está cada vez mais viva mais presente... existem coisas que realmente não falamos porque pelo sorriso, pelo olhar sabemos o que o outro está a pensar

Resultado adoramos cada momento cada instante que passamos juntos...porque não são institucionais, nem formais são apenas momentos em que queremos estar juntos

Adoro-vos

a simplicidade brasileira vs a complicação portuguesa

Labiringite = sindroma vertiginoso

delicioso a forma como os brasileiros simplificam tudo

A história é simples - dentro do ouvido temos um labirinto e sempre que alguma coisa acontece a esse labirinto ficamos tontos e com vertigens, logo sofremos de labiringite

fire with fire

It's cold and heaven surrounds you from every direction

'Cause there's someone behind every hand

That you've made a connection

And now we're free to be number one

The morning isn't far away

I had a dream we were holding on

And tomorrow has become today, become today...

simples non sense ...love it

we can be whatever we want to... we just have to want it...but really want it

paper planes

por tantos e tantos motivos

em modo repeat no meu mp3

todo o album

Morte

Já tinha escrito sobre morte no pérolas
mas ela continua e mais presente que nunca
o António disse-nos por fim adeus
o Manuel confronta-se com a sua mortalidade
E cada vez mais tenho uma única certeza
a certeza de que é aqui, agora, já que se vive
que se faz, que se sente
O tempo não passa de um mito
Quanto mais decidimos planos futuros
Menos tempo temos para os viver
E temos que aprender com aqueles que viram mais além
e que têm mais vivências que nós
"Nunca deixar nada por dizer, nada por fazer"
Enquanto meu Professor nunca tive grande empatia com o Manuel
achei-o mesmo arrogante e elitista
Actualmente o Manuel procura encontrar o sentido da vida
que é injusta isso já todos nos tinhamos apercebido
Porque nos rouba pessoas sempre cedo demais
acredito que o Manuel vá vencer este desafio
e confio que o livro que irá publicar
conte não só as experiências "contáveis"
mas também as outras
as histórias daqueles que nada tendo
tudo perderam com uma doença que lhes roubou a vida
Mia Couto escreveu "estar vivo não é viver"
E muitas vezes nós e os outros limitamo-nos a estar vivos
E só nos lembramos de viver quase sempre tarde demais
Por isso aqueles que me criticam por querer viver ao segundo
deixem-se disso
deixem-me viver
e se apenas querem estar vivos ao menos façam o favor de ser felizes

@31/07

much ado about nothing

Por vezes vale mais que 1000 palavras
mais que 100 imagens
Por vezes diz mais que todos os sons juntos
Por vezes mostra aquilo que tentamos
esconder de nós e dos outros
Quando se fala demais
se mostra demais
alguma coisa falha
e temos que mentir
a uns ou a outros

A quem mentes tu? A quem tentas enganar?

Um novo vício

Visitar diariamente alguns blogs que amo de paixão

partilho um deles convosco

http://gatopingado.wordpress.com/

acho maravilhoso os poemas, a ligação às imagens simplesmente único

Dias assim

Existem dias assim
acordamos mal dispostos
enraivecidos
sem paciência
tentamos lembrarmo-nos porque estamos assim
e descobrimos que estamos assim há já algum tempo
porque o tempo passa e as coisas doem, moem
mas realmente não matam
e depois de passado o limite normal de capacidade
entra-se numa espiral de destruição
respiramos fundo
e tentamos racionalizar
encontrar uma solução que nos tire deste torpor
onde mergulhámos há já tanto tempo
que não sabemos nem temos saude mental e física
para sairmos
principalmente quando dependemos de outros
quando são os outros que na sua arrogância tipica humana
que nos arrastam para esta espiral
tentamos respirar
lembrar como se sorrie
como se esquece
e odiamos a pele por nunca esquecer
por nos recordar sempre
por isso chamo mentirosos
a todos aqueles que se arrogam
de conhecedores
e dizem que não é assim

o que vale é que dias não são dias
e embora existam dias assim
outros há que compensam
e outros existirão

quando entro em loop e preciso de voltar a mim ...coloco em modo repeat

Tudo começou por um pensamento atirado para o ar

"até que ponto é que só dizemos aquilo que os outros querem ouvir e só ouvimos o que os outros querem?"

conheço bem a pessoa que pensou alto - o meu melhor amigo nos ultimos dez anos, a pessoa com quem cresci e vivi tantas e tantas coisas, ela sabe o que penso e o que sinto e eu sei o que pensa e o que sente

com a sua permissão coloco aqui uma parte do noss chat de hoje para servir de debate

gostava de saber a vossa opinião... ou certezas caso as tenham...

 

A:...

  pq cada conselho q damos

  é egoista

  somos juizes em causa propria a defender aquilo q é melhor para nós

...

  todos temos os nossos driver's

  e quando falamos temos q fazer um esforço para nao condicionarmos as nossas opinioes e conselhos

B: só n sei é se vais chegar a conclusões

 A: a meu ver impossivel concluir-se algo

B: pq penso q n vais chegar a nenhuma que já n tenhas

 A: mas o que gosto é o debate em si

  a troca de ideias e experiencias

 B: pois então dá-lhe

 A: e n ter que ter cerytezas

  as certezas hj valem o q valem

 e muitas têm validade temporal

 B: isso é uma grande verdade

...

B: acho que todos nós (numa dada altura) somos tudo aquilo que sempre criticámos

  daí o "nunca digas nunca"

 A: verdade

 B: porque a vida é experiência

  e quem não experimenta não vive

 A: o importante seria termos a capacidade de reconhecer isso

e mudar naquilo q gostariamos

 B: e o que motiva as pessoas é experimentar, porque experimentar é viver

e tu, já experimentaste muito?

  ou tás farta de coisas novas?

 A: ainda n experimentei tudo o q queria

 mas existem coisas que por ter vivido agora consigo dizer que prefiro isto oy aquilo

  e nem sempre as "coisas novas" são as q nos realizam

e sim isso aprende-se vivendo

  o q já me causa alguma apreensão é depois de experimentar e saber o q se gosta ou não mantermo-nos desconfortáveis, não reconhecer que não é aquele o caminho

e não voltar ao ponto de conforto

  aí voltamos ao ponto do cego

  a meu ver

 ...

 ninguem sabe o amanha e certezas poucos têm ... só os idiotas

B: pois, mas são os idiotas e os tolos e os loucos que são felizes

  e que inventam e que são génios

 A: a meu ver não

  os loucos também sofrem

 porque vêm o mundo para serem felizes mas depois a sociedade reprime-lhes essa felicidade

  só mesmo os idiotas e os tontos são felizes

 B: ok

 A: pq só querem o que têm e não querem saber do que existe lá fora

  para eles não existe lá fora

 B: não existem muitas musicas a dizer louco por amor?

 A: e isso sim é o seu grande triunfo

sim

 B: esses são felizes ou tristes'

  ?

 A: sim

  felizes quando têm o seu amor

  infelizes quando o perdem

  seja quem, onde ou o que seja esse amor

  vivem de extremos

  são felizes ou tristes

  não têm meio termo

Digam de vossa justiça ... somos juízes em causa própria ou espirítos livres? quando aconselhamos como amigos até que ponto não estamos condicionados pelos nossos driver's?
A nossa verdade é a verdade? ou uma parte dela? E felizes são os idiotas?



Hoje estou assim com espiríto inquisitivo de descoberta de conversas a discorrer no tempo
Saudades de fazer isso

ideias que nos surgem

Esta manhã ao pentear-me olhei no espelho

e pensei

"se sabemos o que fomos, e pensamos que sabemos o que seremos, então o que somos agora?"

esta manhã numa das nossas conversas diárias em chat

coloquei a questão ao johnny que me respondeu

"sonhadores perdidos num mundo de cão", e acrescentou "à espera da luz ao fundo do tunel...que são as nossas vidas"

sonhadores seremos que o mundo é de cão também mas devemos esperar pela luz ao fundo do túnel ao devemos caminhar em direcção a ela...levar a vida em vez de sermos levados por ela?

fica a pergunta pois certezas não tenho para vos dar

Admiração

Em "Portugal Hoje - O medo de existir"
o autor diz que não existe a admiração em Portugal
não se elogia o outro
por baixa auto-estima interior e inveja exterior
segundo ele os portugueses não compreendem
nem usam o real conceito de admiração
A exposição causou-me estranheza
porque eu admiro algumas pessoas
poucas mas admiro
chegando em algumas alturas da vida a idolatrá-las
depois lembrei-me que provavelmente
nunca lhes disse o quanto as admirava
sei que ocasinalmente comento com terceiros
a admiração que uma dessas pessoas me causa
mas não tenho memória de lhes ter dito pessoalmente
o que penso e o que sinto delas
e sendo assim não serei muito diferente
do povo a que pertenço
porque admiro mas raramente o admito
e se me perguntarem porquê?
não saberei responder-vos
mas sei que é assim
tenho mudado algumas coisas
nestes últimos tempos
e já vou dizendo às pessoas
que as admiro
mas agora surge o efeito adverso
a reacção de surpresa e de descrença no rosto
perante uma atitude rara e que causa desconcerto
por isso por ser rara

A cantarolar por estes dias

Uma menina muito querida colocou no facebook poupando-me o trabalho de ir pesquisar :)
Não é pelo Mundial mas pelo ritmo... uma paixão antiga as músicas do David

De que é que se tem medo?

""Aonde vais este fim-de-semana?" 

"Fico por aí"

"Por aqui", "por aí" designam lugares indeterminados, trajectos aleatórios, sem direcção nem fronteiras, mas bem precisos para os portugueses. Curiosamente, o "por aí" refere-se a um pequeno território de deambulação (física e mental), ao mesmo invisivelmente enclausurado e internamente livre.

...

A ausência de fronteiras confere ao deambular um carácter aventuroso, mas sem risco. O mapa mental correspondente aos trajectos a efectuar possui uma textura plástica, móbil. 

...

O medo herda-se. Porque interiorizado, mais inconsciente do que consciente, acaba por fazer parte do "carácter dos portugueses" (ditos, "tristes, taciturnos, acabrunhados"),... que passa de pais para filhos, de geração para geração.

Hoje, trinta anos depois do fim do regime do medo, convivemos ainda com ele. A sociedade portuguesa, os portugueses não perderam o medo, ainda que (ou talvez por isso) as novas gerações pouco saibam do passado salazarista.

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O medo é uma estratégia para nada inscrever. Constitui-se, antes de mais, como medo de inscrever, quer dizer de existir, de afrontar as forças do mundo desencadeando as suas próprias forças de vida. Medo de agir, de tomar decisões diferentes da norma vigente, medo de amar, de criar, de viver. Medo de arriscar. A prudência é a lei do bom senso português."

in Portugal, Hoje O Medo de Existir de José Gil

Escrito em 2004, comecei a lê-lo este fim-de-semana e continua actual... é tão fácil identificar os maneirismos portugueses

claramente um livro imprescindível para quem precisa de perceber o porquê de muitas coisas

“If you don't know where you are going, any road will get you there. ”

Marchas de Lisboa

Gosto de tradições

gosto de usos e costumes

e não posso deixar de achar decepcionante o ínicio das marchas de lisboa

com a apresentação do Carnaval de Baranquilla

Primeiro porque para mim Marchas não são Carnaval

São uma tradição que remonta a 1932 (no seu figurino actual)

Por meados do século XVIII,  os franceses durante o período napoleónico, iniciaram  a moda de dançar as marchas militares,  realizavam em Junho para celebrar a tomada da Bastilha a que chamavam “marche aux falambeaux ” em que o povo desfilava com uns archotes acesos na mão.

Este costume foi adoptado pelos portugueses que lhes passaram a chamar “Marcha ao flambó" (portanto adaptação do termo francês), só que nós os portugueses substituímos os «archotes revolucionários dos franceses» por "balões de papel" e "fogo de artificio", que  tinham sido costumes trazidos da China no século XVII, e que jà eram usados nos arraiais e feiras por todo o País, e assim  as antigas danças e cantares de "Maio à Virgem Maria"  que  entretanto tinham sido proibidas foram transpostas para o mês de Junho, passando a celebrar-se as festas dos «Santos Populares»,  “Santo António, São João e São  Pedro “.

Lisboa veste-se de cravos rubros que são esplendor em Junho festivo, de vasos com manjericos nas janelas, sendo costume colocar na copa do manjerico, um cravo encarnado com uma bandeirinha hasteada com uma quadra popular escrita. (retirado de http://lisboanoguiness.blogs.sapo.pt/33309.html)

 

E a tradição não é carnaval

A tradição também diz que a primeira marcha é a da Voz do Operário

Onde as crianças invadem a avenida com a sua alegria e doçura

Gostei de ver a Marcha de São João das Lampas

e concordo que se traga outras marchas convidadas para desfilar

penso que enriquece o espectáculo

mas não agrupamentos carnavalescos

com apresentações secas, perdidas, barulhentas e nada mais

sou a favor da globalização

mas existem tradições nossas 

que se deveriam simplesmente manter

Um recanto mágico para conversas de fim de tarde com alguém próximo

Vão andando que eu vou lá ter

Já aqui o disse que nos dias que correm
a nossa vida é uma sucessão de videoclips
e é verdade
a mim acontece-me imenso associar uma música, um tom
a situações diárias que ocorrem
Quando me dizem vem, vamos agora
mas logo a seguir .. bem afinal vou uns dias para fora
fica para depois
e depois dizem-me se vieres vamos festejar
e logo a seguir... ah mas afinal tenho um jantar
ou só se fica bem se vieres e ficares
mas a agenda já está cheia e não pode ser alterada
eu limito-me a ligar um rádio interior
e a colocar Deolinda como som de fundo
Quando finalmente tiverem certezas
E resolverem que querem mesmo que vá
e que têm tempo e espaço para mim, digam
Até lá