quarta-feira, 28 de novembro de 2012

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

...

Eu não quero promessas. Promessas criam expectativas e expectativas borram maquiagens e comprimem estômagos.
Fernanda Mello

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Esperando

Algures alguém espera por outro alguém
Algures alguém está parado com o olhar vazio e distante
Algures alguém recorda o que viveu com saudade
Algures alguém guarda a esperança do que ainda vem
o tempo a passar
e esse alguém continua à espera, parado
"espero por ti no nosso sítio"

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

colocar os pés no chão

de vez em volta
existem respostas que recebemos
frias e cruas
crueís
que nos fazem por os pés na terra
que assim que as ouvimos ou lemos
um arrepio percorre-nos
e ficamos com frio
e atordoados
e não percebemos porquê
sentimos que não merecíamos
sentimos que não faz sentido
quedamos estáticos
até que alguém nos venha salvar

quão bem conhecemos as pessoas?
é possível enganar-nos tanto assim
ou os sinais sempre lá estiveram
e nós toldados pela amizade ou amor sentido
fingimos que não víamos
acreditávamos que connosco nunca seria assim
que a prepotência
a estupidez e a fdp inerente
seriam sempre para os outros e não para nós

a história tem sempre tendência a repetir-se
e se já foi feito no passado com outros
será feito de certeza connosco

os sentimentos fortes andam sempre juntos
só odiamos o que amamos
só temos raiva do que queremos e não temos
só agredimos quem nos magoou
isso é tudo menos indiferença

por muito que digamos que não
por muito que sejamos os melhores e perfeitos
se somos humanos
somos assim
mais coisa menos coisa...




 

Nada volta

Não existem coisas que possam voltar
porque mesmo que voltem
o tempo e o espaço encarregam-se de as tornar diferentes
talvez melhores
talvez piores
nunca iguais...


Noite

Nesta noite fria e ventosa
contemplo as luzes de Lisboa
do lado de cá do rio
e lembro-me
e o vazio chega lentamente
agradeço aos amigos
que por estes dias
sabendo ou não
fazem os possíveis por ver o meu sorriso
mas apesar de tudo tento corresponder
dói
mas dói mais ouvir alguém dizer
que sente a falta do meu sorriso
dessa parte de mim sempre tão fácil
mas que meteu férias por agora...

@17/11

Para os meus amigos que juram a pés juntos ter uma vida perfeita...eu prefiro uma vida boa... é mais simples

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

a hug


Dor...

A dor é uma coisa muito esquisita; ficamos desamparados diante dela. É como uma janela que simplesmente se abre conforme seu próprio capricho. O aposento fica frio, e nada podemos fazer senão tremer. Mas abre-se menos cada vez, e menos ainda. E um dia nos espantamos porque ela se foi.
[Memórias de uma gueixa]

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

um dia gostaria de voltar contigo à Regaleira
de percorrer os túneis de mão dada
de me assustares de propósito
só para te mostrar que já não tenho medo do escuro
nem de espaços fechados
íamos rir das nossas formas disformes, fantasmagóricas 
projectadas na luz mínima que existe

iríamos parar na fonte para ver o sol 
reflectir na água as nossas imagens
tirar fotos de nós para nós
para colarmos no nosso caderno de vida
e terminávamos nos travesseiros 
para adoçar ainda mais a alma



Pela tarde caminhei

Pela tarde caminhei
sem rumo e sem destino
queria caminhar até anoitecer
perder-me de mim
e descobrir outra vida
outros lugares que me digam mais
mas os meus anjos vigilantes não deixaram
acham que estou frágil demais
e que se me perco agora
posso nunca voltar
tonterias...
são dramáticos demais
descubro a amizade nos lugares mais escondidos
nos abraços mais recentes de quem se preocupa de verdade
ainda tenho muito por dizer
por fazer
tenho a alma cheia de projectos
de desafios
de pessoas que acham que tudo isto ainda vau dar uma grande volta
os projectos abandonados voltam aos poucos
perdi as pessoas não as ideias
nem a paixão pelo que faço

@ 11/11

Encontrar-te

Se não te encontro na terra
vou até ao fundo do mar te procurar
e se nem aí estiveres
hei-de subir pelos ares
caminhar pelo fogo
só para ver o teu sorriso mais uma vez
ouvir essa tua gargalhada com o mundo lá dentro

@ 11/11

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Saramago

[...] afinal, há é que ter paciência, dar tempo ao tempo,
Já devíamos ter aprendido, e de uma vez para sempre, que o destino tem de fazer muitos rodeios para chegar a qualquer parte ...

Statements and 2nd chances

Se existia algo que segui em tempos foram statements
frases feitas, clichés fantasiosos
e depois aprendi que o único statement que podemos ter
é que não sabemos nem conhecemos o amanhã
e por tanto statements como
"ir, sobretudo em frente"  - mas quando se vai a algum lado vai-se para trás? O frente é uma linha recta sem curvas nem rotundas que permitam em caso de erro ou lapso voltar atrás?
O que se faz quando lá à frente à um muro ou um precipício? E se a meio do caminho não quisermos mais ainda dizemos que estamos a seguir em frente? é que assim é fácil
é colocar uns ténis confortáveis, baixar a cabeça e caminhar sempre sem pensar nem questionar muito para não termos que reconhecer que a frase "nunca volto atrás" pode apanharmos em cheio
" a mudança pode estar ao virar da esquina" - deve ser uma esquina escondida pois viro muitas esquinas nas minhas caminhadas e nunca dei por nenhuma mudança
As mudanças somos nós que as criamos quando queremos e se nos fizer bem
a história de mudar sempre é bom é errada
às vezes o melhor mesmo é voltar aquele sitio onde fomos felizes
onde ficámos bem
perceber o que fizemos mal e corrigir
e aí temos as 2nd chances (uma segunda oportunidade)
de mostrar que aprendemos com a história
e que não voltamos a repetir os erros
é que o nunca se voltar ao passado
só serve se não estiver lá nada que nos faça falta
se no que arrumámos não estiver aquele tempo, momento
que temos que voltar
aquilo que gostámos, que nos fez rir
gosto de reencontrar velhos amigos
de reviver antigos momentos
e criar novos c
isso é voltar atrás?
Mas o que me irrita é a hipocrisia de alguns seres que merecem todas as 2ºas oportunidades
que lhe foram e são dadas
mas que nunca dão
preferem errar
do que admitir que nem sempre
fazemos bem à primeira
mas que se é importante
faremos de certeza à segunda

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Do not cross





Nunca fui muito obediente
nunca segui por seguir
nunca aceitei à primeira os nãos
Os "agora não dá"
"agora não é o momento"
"não porque não"
assim soltos fazem-me rir
o momento somos nós que o criamos
o não pode virar sim sem deixarmos a "covardia"
de lado
só se vive uma vez
e mesmo assim desperdiçamos muito
desperdiçamos demais

Cansei de estar parada a olhar a linha
cansei de estar autista
se é para parar aqui
que seja com estrondo
que seja mostrando que
a vida é preciosa demais para dramas
tragédias e passados idiotas
Quem não aprende a seguir em frente e recuperar o que o faz feliz
Quem acha que nunca se muda de ideias ou se volta atrás
perde
pode pensar que não
pode achar que vai ganhar
mas perde no fim
é o velho dilema das pessoas únicas e insubstituíveis
do acessório e do essencial

Disposta a provar o meu valor
para mim e a mim
disposta a perder fobias


Se é para ser a sério que seja verdade pelo menos

Vemo-nos em Junho no Pico
Até lá vou ali aprender umas técnicas

Nos teus braços morreria

"Nunca se sabe o que é para sempre, sobretudo nas coisas do amor. E era uma coisa do amor, isto tudo. São tão estranhas as coisas do amor que não se compreendem por inteiro. Tem de se estar sempre a fazer suposições. Nunca se sabe como e até que ponto a até quando. Esta obsessão chega para impedir a vida, o amor pode impedir o amor, amaldiçoá-lo como um espectro.

Escrever pode ser uma óptima desculpa para quem na vida não tem qualquer esperança. É uma maneira de preencher uma sombra e há momentos em que um beijo escrito vale por muitos"
Pedro Paixão in Nos teus braços morreríamos

sábado, 3 de novembro de 2012

"O problema é que as palavras, as que são ditas e as que ficam por dizer, alteram as relações entre as pessoas e, por consequência, a historia do mundo." Inês Pedrosa in Dentro de ti ver o mar 
Olho o mar e relembro
A carta que nunca li porque nunca deixaste
A promessa que nunca soube porque nunca contaste
Mas que se cumpriu
Da pior maneira
A dor da ausência é a mesma
Dava o meu precioso tempo
Para ter outro final

Aii miuda a falta que me fazes
Sinto-me anormal neste mundo
Que segue regras sem questionar
E que critica quem tem uma opinião diferente
Tenho tentado escrever-te mas desisto sempre
Continuo a alimentar a ideia que foste viajar para um pais distante 
E que daqui a uns tempos estás de volta
Falar sobre ti e sobre a tua ...
Nem consigo escrever
As lágrimas continuam a aparecer durante a noite
Simplesmente deixo correr
Na esperança que voltes
Tanta coisa por dizer e fazer
Sei que sabias que te adorava
Mas mesmo isso não parece suficiente
Para ocupar o sempre
Nada dura para sempre
Excepto essa viagem
Que fizeste meu anjo 
Viagem essa em que vais sozinha e não te posso  acompanhar ou visitar 
Um dia destes escrevo-te
Quem diria que me protegias tanto
Como se eu fosse uma menina de cristal 
E no fim não consegui salvar-te 

O mundo é primeiro das pessoas de atitude. 
As pessoas de intenção vem depois.

Antonio Carlos Rodrigues